Em algumas situações, os nefrónios podem sofrer lesões que comprometem a capacidade de filtração dos rins. A pressão adicional a que os nefrónios saudáveis são sujeitos, devido à diminuição da função dos nefrónios lesionados, pode agravar a situação, levando à perda progressiva da função renal. Esta perda lenta e progressiva da função dos rins é conhecida como Doença Renal Crónica (DRC).
A Doença Renal Crónica é uma doença que se caracteriza por um declínio lento e irreversível das funções dos rins. Passa muitas vezes despercebida, até atingir estádios mais avançados, quando o número de nefrónios saudáveis se torna criticamente baixo.
A Doença Renal Crónica é, assim, uma doença de longa duração, que ocorre quando os rins se encontram danificados e não funcionam como deveriam durante, pelo menos, três meses. Em geral, desenvolve-se de forma lenta e progressiva e, ainda que não exista cura, há tratamentos capazes de adiar a sua progressão.1
Para a saúde pública, a Doença Renal Crónica representa também um desafio significativo2, com custos elevados tanto para os doentes, como para os sistemas de saúde, sobretudo porque são muitos os doentes que chegam aos serviços nos estádios mais avançados da doença, necessitando de tratamentos dispendiosos, como medicamentos endovenosos, maior número de consultas e necessidade de internamento hospitalar, bem como diálise ou transplantação renal.3-5
Referências: