A situação é particularmente alarmante nos países em desenvolvimento: com uma população de mais de 600 milhões de pessoas, estima-se que mais de um milhão morram anualmente devido à insuficiência renal não tratada, evidenciando a necessidade urgente de maior acesso a tratamentos e cuidados preventivos.1

mundo

NO MUNDO

  • Afeta 850 milhões de pessoas, número muito superior ao de quem vive com diabetes mellitus ou com o vírus da imunodeficiência humana (VIH);2,3
  • Aproximadamente 13% da população mundial vive com Doença Renal Crónica;4
  • Prevê-se que venha a ser a 5ª principal causa de morte até 2050.5
quinas

EM PORTUGAL

A Doença Renal Crónica representa um problema de saúde pública significativo. Estima-se, de forma muito conservadora, que afete pelo menos 9,8% da população adulta em Portugal; o que se traduz em cerca de 1 milhão de pessoas com algum grau de DRC.6

Em 2024, em Portugal:

  • Cerca de 8 em cada 10 novos doentes que atingiram o estádio terminal da Doença Renal Crónica começaram a fazer hemodiálise (77,6%);6
  • 14 089 portugueses fizeram diálise, um número que tem vindo sempre a aumentar;6
  • Realizaram-se 538 transplantes renais.6
cerebro

A PREVENÇÃO É FUNDAMENTAL

A prevenção é a melhor forma de reduzir os custos, materiais e humanos, isto porque:

  • A Doença Renal Crónica é incurável e, mesmo quando é detetada precocemente, requer cuidados durante toda a vida;1
  • É uma doença silenciosa, o que significa que as pessoas apresentam poucos ou nenhuns sinais ou sintomas até às fases mais avançadas;1
  • O atraso no diagnóstico tem consequências negativas, tais como insuficiência renal e progressão acelerada da doença;1
  • Se não for tratada, vai progredir e pode evoluir para insuficiência renal, situação em que os rins deixam de conseguir manter a sua função;1
  • A Doença Renal Crónica é um fator de risco para diferentes outras doenças e condições de saúde e pode desencadear outros problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, podendo levar a incapacidade ou morte prematura;1
  • É a 7ª causa de morte entre as doenças não transmissíveis no mundo e prevê-se que venha a ser a 5ª principal causa de morte até 2050.7,8

Referências:

  1. International Society of Nephrology. Global Kidney Health Atlas. Disponível em: https://www.theisn.org/wp-content/uploads/media/ISN%20Atlas_2023%20Digital_REV_2023_10_03.pdf
  2. Jager KJ, Kovesdy C, Langham R, Rosenberg M, Jha V, Zoccali C. A single number for advocacy and communication-worldwide more than 850 million individuals have kidney diseases. Kidney Int. 2019;96(5):1048-50.
  3. World Health Organization. HIV/AIDS. 2020. Disponível em: https://www.who.int/data/gho/data/themes/hiv-aids
  4. Duff R, Awofala O, Arshad M.T., et al. (2024). Global health inequalities of chronic kidney disease: a meta-analysis. Nephrol Dial Transplant. 27:1692-1709. doi: 10.1093/ndt/gfae048.
  5. Vollset S.E. (2024). Burden of disease scenarios for 204 countries and territories, 2022–2050: a forecasting analysis for the Global Burden of Disease Study 2021. Disponível em: https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(24)00685-8/fulltext
  6. Sociedade Portuguesa de Nefrologia. Registo Nacional de Doença Renal Crónica. Disponível em: https://www.spnefro.pt/assets/relatorios/tratamento_doenca_terminal/apresentacao-dmr-2025-(2).pdf
  7. Jager KJ, Kovesdy C, Langham R, et al. A single number for advocacy and communication-worldwide more than 850 million individuals have kidney diseases. Nephrol Dial Transplant. 2019;34:1803–5. doi: 10.1093/ndt/gfz174.
  8. Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013. Lancet. 2015;385:117–71. doi: 10.1016/S0140-6736(14)61682-2.