Embora não exista cura para a Doença Renal Crónica, as complicações podem ser prevenidas e a progressão pode ser retardada ou travada com o tratamento adequado, que deve incluir:1
Para quem tem Doença Renal Crónica podem estar indicados medicamentos considerados nefroprotetores, porque mostraram atrasar a velocidade da perda da função dos seus rins.
Em todos os casos, será sempre necessário:2
Deve existir um acompanhamento da progressão da doença, assim como a implementação de estratégias que visem minimizar os riscos das complicações associadas, com uma monitorização contínua, que inclui avaliações periódicas com a realização de exames e análises.
É essencial controlar os fatores que permitem que a Doença Renal Crónica progrida, como a hipertensão arterial, a diabetes mellitus e a alimentação, que exige uma intervenção nutricional.
A prescrição de outros fármacos com efeito protetor renal depende da causa da Doença Renal Crónica, como por exemplo, ter diabetes mellitus tipo 2 ou obesidade.
Poderão ainda ser-lhe prescritos fármacos para o controlo de sintomas ou complicações da Doença Renal Crónica, como diuréticos, vitamina D ou medicamentos para anemia.
Numa fase mais avançada, existem tratamentos que procuram “substituir” o funcionamento normal dos rins:
Existem dois tipos de diálise: a
hemodiálise e a diálise peritoneal.
Na hemodiálise, o sangue é bombeado
através de um dialisador, um filtro
artificial que remove os resíduos e o excesso de líquidos. Faz-se, geralmente,
três vezes por semana, com uma duração de três a cinco horas.
A diálise peritoneal funciona com o mesmo princípio, mas o sangue é filtrado dentro do corpo do doente, numa técnica que pode ser manual ou automatizada, realizada na casa do doente.
É um procedimento cirúrgico que permite implantar um rim saudável num doente com insuficiência renal, de forma a repor a função renal. Apesar de melhorar consideravelmente a qualidade de vida, é necessário que os doentes transplantados tomem medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do órgão.
Quando a diálise ou a transplantação renal não forem opções clinicamente recomendadas para o doente com DRC avançada ou quando for esta a vontade do doente, o tratamento conservador corresponde à continuação da terapêutica integral do doente com Doença Renal Crónica em regime ambulatório, sem recurso a técnicas dialíticas, procurando prevenir, tanto quanto possível, a deterioração da função renal residual, aliviando os sintomas e complicações resultantes dessa progressão, com um suporte de cuidados paliativos personalizados para a Doença Renal Crónica, que visam otimizar o bem estar físico, emocional e espiritual do doente e sua família no tempo restante da sua vida.
Referências: